Clube de Leitura dos Poetas (Adriana Janaína Poeta) Publisher https://wwwfacebook.com/adrianajanainapoeta adrianajanainapoeta01233034782@gmail.com This Blog is owned and authored by Adriana Janaína Poeta, pseudonym of Adriana Janaína Alves de Oliveira / CPF. 01233034782. Brazilian, born in Rio de Janeiro. Without Whats APP. Writer, Composer, Journalist, Editor, Founder, (2004), and owner. Married to Marcelo Bernardo (de Oliveira), since 04/02/2010.
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Zumbi Adriana Janaína Poeta CPF.:01233034782 Todos os direitos serservados (Ópera rock/ roteiro teatro)
Zumbi
Adriana Janaína Poeta
CPF.:01233034782
Todos os direitos reservados
(Ópera rock/ roteiro teatro)
I
Zumbi
O que é?
O que é?
Gosta e não gosta!
É preciso ouvir
alguém dizer!
Alguém mandar!
Alguém pressionar,
elogiar,
para gostar!...
O que é?
O que é?
- Eu não sei
para onde devo
querer ir!...
- Eu quero o quê?
Me diz! Me diz!
O que é?
O que é?
É agora
ou depois?
Você fala
e logo penso,
é ali!
É agora!
É assim!
O que é?
O que é?
Para querer,
é preciso saber
o que o outro quer
e diz...
Quero
e digo: sim!
O que é?
O que é?
Se digo
ou espero
que alguém aprove
o que faço,
o que penso,
o que digo,
o que quero,
ou não quero,
devo fazer?!...
Zumbi!
Zumbi!
Um zumbi!
II
Falta o recheio.
O que aconteceu
com o mundo?
Estava tudo bem...
Lembra?
Agora tem
zumbi, zumbi!
Aqui, ali...
Não!...
Quem não é,
está destoando!
Quando acaba
a moda zumbi?...
Quem não é,
é o insano!
O zumbi
é ser humano...
Marionete!
Mamulengo!
Sombra
se movimentando...
Olhos parados,
arregalados!
Vidrados!
É tão estranho!...
Repete!
Ventríloquo,
o que o outro insano,
sussurra ao ouvido!...
Repete!
Ventríloquo,
o que o outro insano,
ordenou, sugeriu!...
Ali, vai um!
Vem outro!
Aquele ali!
Zumbi! Zumbi!
Já sei!
Eu já sei!
E se eu fingir
ser um zumbi?
(Não dá!)
O zumbi
não tem cérebro!
Falta o recheio
na cabeça,
em cima do pescoço!...
III
Tem aí, do seu lado?...
Olhe pela janela!
O quê você vê
passando?...
Olhe ao redor,
quando na rua
estiver caminhando...
Cuidado!
Olhe bem!
Estão se multiplicando!...
Os ombros quadrados,
os braços caídos,
distantes dos corpos...
Ferozes, ruidosos,
os zumbis,
estão por aí!...
Cuidado!
Há muitos assim!
Tem aí do seu lado?...
(Manchetes...)
.O Manual do zumbi!
.Pizza à moda zumbi!
.Sopa para zumbi!
.O Jornal do zumbi!
.Venha! Ser zumbi está na moda!
.Zumbi não pensa! Pensar para quê?...
Zumbi! Azumbi!
Eu já sei!
O que o outro diz
é o que é preciso
fazer, pensar, ser,
ter!
O resto não dá
nem para imaginar,
porque zumbi
é o que há!...
(Finaliza o musical, canto e dança, inicia o texto)
Um prédio, núcleo principal, residencial.
Outro prédio, em frente, comercial.
Vidraças, na portaria do prédio residencial.
Grades, na portaria do prédio comercial.
Esquina com a praia.
Rua de pouco movimento.
Branca tropeçou, subindo os poucos degraus, após o porteiro abrir o portão social, na direção da portaria.
- Droga!... Quase quebrei o meu dedo!... - Reclamou Branca. Acabara de fazer as unhas, no salão de Beleza, na rua principal. Deixou cair as chaves do seu apartamento. Abaixou para pegar as chaves...
- Branca! O que você está fazendo?... - Perguntou Cleverson, de terno e gravata, sorridente. Branca olhou, demoradamente. Ficava sempre sem palavras, admirando a beleza do vizinho...
O cachorro de Paula começava a lamber os seus pés. Branca o pegou no colo, já não se importava com as unhas.Não tirava os olhos de Cleversosn...
- Branca, você foi ao salão? - Perguntou Paula, sua amiga, também era moradora do prédio. - Não ía me chamar? Eu queria ter ido também...
Branca fez que sim, depois que não, com a cabeça... É que seus olhos estavam grudados em Cleverson...
- Tchau, meninas! - Despediu-se Cleverson, saindo pelo portão social, para pegar a carona com o primo. Trabalhavam no mesmo escritório, no centro do Rio de Janeiro, moram em Niterói, município ao lado, no mesmo estado.Era o dia de seguirem para o trabalho no carro do primo. Revezavam.
- Branca, disfarça! - Disse Paula, beliscando a amiga. - Que coisa! Não pense que ele não percebe!... Acho que ele gosta dessa atenção... Mas, você precisa disfarçar... Assim assusta o Cleverson! Parece que ele é uma bomba de chocolate, açucarada, com baunilha no recheio, e você vai devorar!...
- Eu gosto de olhar! Até esqueço que estou aqui!...
- Branca, por que não convida ele para ir ao cinema? Ou jantar?
- Eu?
- Daqui a pouco, ele arruma outra namorada!...
- E a Noêmia?
- A ruiva? Já era!...
- Por quê? - Indagou Branca, interessada, ainda com Chocolate no colo. Foram saindo do prédio, pelo portão social. Branca pretendia trocar de roupa, para ir até a locadora de vídeo, depois, iria para a academia, mas queria saber o que aconteceu entre Cleverson e a namorada ruiva.
- Ela saiu do apartamento dele... Chorando.
- Chorando?
- Chorando.
- Por quê?
- Bom... Eu não fico prestando atenção na vida dos outros... Mas... É meu vizinho!
- Paula... Ele mora dois andares abaixo do seu apartamento!
- Eu sei! Mas, eu estava passando... Bom.... Ela desceu as escadas chorando.
- Por que não pegou o elevador?
- Eu vou saber, Branca?!
- Eu perguntava!
- Então, a ruiva desceu as escadas, chorando, pisando firme...
- Como assim?
- Feito criança, sabe? Quando está muito chateada.
- Nunca fiz isso.
- O quê?
- Isso.
- Chorar?
- Não, Paula!... Bater os pés... Andar assim. Nunca fiz.
- Não?
- Não.
- Nem quando estava chateada?
- Não.
- O que você fazia?
- Nada.
- Como assim?
- Eu era a mais velha, Paula! Você não faz birra quando é a mais velha!
- Não?
- Não.
- Por quê?
- Eu sei lá! Pergunte para qualquer irmã ou irmão mais velho. Acho que nenhum faz birra. é como um protocolo, sabe? A birra fica para os caçulas.
- Bom, a ruiva deve ser caçula.
- Pode ser.
- tem cara.
- A ruiva é bonita! Eu vi! Detestei!...
- Então, após três lances, e três portas de aço, abertas com violência e pressa...
- Você seguiu a moça, Paula?!...
- Como eu poderia te contar, se eu não fizesse isso?!...
- Foi por mim?
- Por quem mais?
- Não sei!... Pelo Cleverson. ele tem queda por ruivas.
- Você acha?
- Paula! Eu vi primeiro!...
- Mas, você não é ruiva!...
- Eu pinto os meus cabelos, se ele quiser!... Não sei se fico bem. Minha vó vai ficar brava... Mas, se Cleverson pedir, eu pinto! Fico ruiva!...
- A ruiva sentou.
- Aonde?
- No degrau.
- Para quê?
Chegaram ao outro prédio, em frente ao residencial, aonde moravam. Branca seguiu Paula.
- O elevador... - Disse Paula. O elevador chegou. Entraram. O casal que morava no décimo andar, no mesmo prédio em que elas moravam, estava ali, de mãos dadas. Sempre andavam assim. Era bonito ver.
- Boa tarde, seu Murilo e dona Tércia! - Cumprimentou Branca, sorrindo.
- A ruiva sentou no degrau. - Cochichou Paula.
- E depois?
- Não sei.
- Como não sabe?
- Fiquei com vergonha de perguntar. Passei direto. Mas, desde então... Nunca mais a vi.
- Quando foi isso?
- Ontem.
- Ontem, Paula?!... - Gritou Branca. Chocolate, assustado, latiu, Murilo e Tércia, se abraçaram, temerosos, como se o mundo fosse acabar...
O elevador parou. Paula saiu, com Chocolate no colo, seguida por Branca. Seu Murilo e dona Tércia, deram graças a Deus!
- Gente barulhenta! - Reclamou dona Tércia.
- Para quê gritar assim? Quase tive um troço! - Disse seu Murilo, levando a mão ao coração.
Paula e Branca não perceberam. Chocolate estava agarrado ao braço de Paula, com medo de Branca. detestava gritos. Estava quase cochilando...
- Ontem! Ontem não conta!...
- Por que não?
- Se fosse no mês passado!...
- Mas, na semana passada, nós duas os vimos juntos, Branca!
- Eu sei!...Não posso sonhar?!...
- Pode!
- Então?... essa ruiva já está com ele há dois anos.
- Um.
- Um?
- Certeza.
- Como você sabe?
- Marquei na folhinha.
- O quê?
- Por você, amiga!...
- Não estou gostando disso, Paula! Você está noiva!
- Não posso sonhar?
- Com o Cleverson, não mesmo!...
- Por quê?
- Já tem a ruiva e todas as mulheres dos prédios da rua! Só vejo a mulherada esticando os olhos, suspirando, para ele!... E o Cleverson mora ao lado do meu apartamento...
- Você está esperando o quê?
- Eu?
- É!
- Mas...
- daqui a pouco, ele casa!
- Com a ruiva?
- É!
- Mas, você não disse que a Noêmia chorava, no degrau, ontem?...
- Disse.
- Então... Como o Cleverson vai casar, se já brigaram?...
- Sei lá! Pode acontecer!...
- Não pode, não! Cleverson é o noivo que eu escolhi!
- Ele sabe?
- Vai saber, depois do casamento!
- Qual casamento?
- O nosso!...
Chegaram ao dermatologista.
- Você fica com Chocolate, enquanto eu falo com o doutor?
- Fico.
Chocolate, ressabiado, demorou, mas aceitou ficar no colo de Branca. Pouco tempo depois, voltavam para o prédio onde moravam. Já era noite.
- Acho que você deveria procurar outras opções. - Disse Paula.
- Para quê?
- Namorado, Branca! O Cleverson pode reatar o namoro com a ruiva.
- Tenho esperanças.
- Você tem esperanças? Tá bom!...
- Que barulho é esse?...
Chocolate pulou do colo de Paula, e subiu, correndo, os degraus de entrada do prédio, até a portaria, assustado.
- O que deu nele? - Indagou Branca.
- Sei lá!... - Disse Paula, correndo atrás dele. Chocolate arranhava as portas da entrada do elevador, desesperado. - Que pressa!...Será que é sede? Fome?
- O banheiro?... - Indagou o porteiro, enquanto separava a correspondência. Branca continuava parada, no início da escada da entrada do prédio, portaria... Olhava na direção direita da rua... Seus pés congelaram, pelo medo que sentiu... Viu pessoas correndo, chorando, gemendo, algumas com partes das roupas rasgadas, ensanguentadas, feridas... Na direção da praia ou do prédio...
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