Clube de Leitura dos Poetas (Adriana Janaína Poeta) Publisher https://wwwfacebook.com/adrianajanainapoeta adrianajanainapoeta01233034782@gmail.com This Blog is owned and authored by Adriana Janaína Poeta, pseudonym of Adriana Janaína Alves de Oliveira / CPF. 01233034782. Brazilian, born in Rio de Janeiro. Without Whats APP. Writer, Composer, Journalist, Editor, Founder, (2004), and owner. Married to Marcelo Bernardo (de Oliveira), since 04/02/2010.
domingo, 2 de novembro de 2025
in O Carneiro Por Adriana Janaína poeta CPF.:01233034782 Contos/ Ficção Todos os direitos reservados.
in O Carneiro
Por Adriana Janaína poeta
CPF.:01233034782
Contos/ Ficção
Todos os direitos reservados.
Enquanto eu digito, invadem o sistema e wi-fi, incluindo erros gramaticais, formatação. Corrijo, quando percebo.
O Carneiro é uma coleção do Clube de Leitura dos Poetas,
autora: Adriana Janaína Poeta,
fundadora, criadora e proprietária do Clube de Leitura dos Poetas.
São 4 volumes, cada qual com 10 contos.
I
Volume
1. A sexta - feira.
Por Adriana Janaína Poeta
Ieda estava quase adormecendo, quando ouviu o barulho dos cascos, batendo no chão, apressados, rodeando a casa. Sentou-se na cama, que ficava colada à janela, dando para os fundos. Passava da meia noite. A luz da área de serviço estava acesa. Não havia nada, ninguém...
O barulho foi ficando distante, quando circulava a frente da casa, na direção oposta ao quarto aonde ela, a irmã e a mãe, viúva há quase um ano, dormiam. Os irmãos, o primo, este último hospedado recentemente, dormiam no quarto ao lado.
Levantou-se, sem fazer barulho, para não acordar a mãe, a irmã. foi até o quarto ao lado, os irmãos e o primo dormiam. Verificou os outros cômodos, se as portas e janelas estavam fechadas, depois voltou para o quarto. Deitou-se. O barulho continuou por cerca de 10 minutos, depois ouviu um berro de um carneiro...
- Béeeeeeeeee!...
E o barulho dos cascos parou. Silêncio. Logo voltou a dormir.
- Ouvi barulhos estranhos, de madrugada. - Disse Ieda, já sentada à mesa, com os irmãos, a mãe, o primo, mesa posta.
- Que barulho? - Perguntou o irmão primogênito, Simão.
- Por 10 minutos... Era como se os cascos de um animal circulassem a casa, várias vezes, apressado... Depois, ouvi o berro de um carneiro.
- O quê? - Indagou o primo, Geraldo. Estava separado da primeira esposa, com quem tinha um filho, pequeno. Teve, recentemente, outro relacionamento, e uma filha, autista, como contou, há pouco. A relação aconteceu após o término do seu casamento. No entanto, Ieda, os irmãos, a mãe, não conheciam bem nenhuma das duas esposas e filhos do primo, tendo visto, por duas vezes, a primeira esposa, grávida, uma vez, e depois com o filho, uma vez também. A segunda esposa e filha, nenhuma vez. Quando o primo levou a primeira esposa, grávida, na casa deles, moravam em um residencial, com casas amplas, ruas que formavam quase um conjunto, embora aberto, arborizado. Moraram ali por anos, sendo um lugar tranqüilo. Agora residiam em casa alugada, por temporada. A mãe estava prestes a receber valores. Comprariam uma loja com moradia, talvez um sobrado. Ieda tomaria conta da loja, a família residiria na parte residencial.
O primo estava desempregado. Chegou de surpresa,, trazido por um tio, irmão de sua mãe, a esposa deste, a filha adotiva do casal. Trouxe apenas uma mochila, com poucas roupas, dois telefones com a função de rádio, nenhum dinheiro. Não tinha onde morar. Um dos irmãos, que morava na casa, parte herdada da mãe, falecida, irmã do meio da mãe de Ieda, madrinha desta, não queria ele lá. Residia na casa com a esposa e dois filhos. A ex- esposa, a primeira, também não o queria na casa, onde morava com o filho. Da segunda esposa, o primo pouco falava. Por educação, nada perguntavam.
- Não posso mais ficar com ele na minha casa! - disse o tio, rispidamente. - E é bom para você, para as crianças... Ficar com ele aqui. Ter um homem em casa. - Dizendo isso, foi embora, levando a esposa e a filha.
Geraldo há poucos dias conseguiu um carro, para pagar depois, segundo dizia. Pediu a Liliane, mãe de Ieda, sua tia materna, que emprestasse um valor, assim que recebesse. Ele pretendia se reconciliar com a primeira esposa. Disse que amava a esposa e o filho, sentia saudades dos dois. Comentou que indo de carro, demonstraria que estava bem, financeiramente, e os irmãos e outros familiares da esposa, não se oporiam ao relacionamento. Também poderia, enquanto isso, levar a tia e os primos ao supermercado, aonde precisassem, dirigindo o carro, até voltar a morar com a esposa e o filho.
Naquela manhã, contou que sonhou com o filho na noite anterior. No sonho ele estava em um local desconhecido, de costas. Via através de um espelho à sua frente, a imagem do filho, brincando, e chorava, emocionado, feliz, mas com saudades, tendo a sensação de que só poderia vê-lo daquela forma, por um espelho. Acordou ainda mais decidido a ir ver a ex esposa e o filho.
- Béeeeeeeeee!... - Imitou Ieda. Riram. - Foi isso que eu ouvi, depois tudo ficou em silêncio. eu abri a janela do quarto, não vi nada, ninguém. Fui até a sala, os outros cômodos... O mesmo. Voltei a dormir.
- Estranho. - Disse Simão.
- Não foi sonho? - perguntou o irmão caçula, Túlio.
- Não. Eu estava acordada. - Respondeu Ieda.
O dia passou. Anoiteceu. Era sexta-feira, e durante a tarde, uma das pessoas que faria o pagamento a mãe de Ieda, adiou o compromisso para a segunda-feira. Estava marcado para o sábado.
Ieda notou que o primo, desde que chegou a casa, andava até a outra ponta do quintal, junto ao muro perto da estrada principal, para tender aos telefonemas misteriosos que recebia, longe da tia, dos primos, da casa. Era impossível ouvir qualquer coisa daquela distância. Ieda comentou, uma vez, com a mãe. Dona Liliane, senhora bondosa, sempre enxergava apenas qualidades nas pessoas. Viúva pela segunda vez, a primeira no meio dos anos 70, a segunda no início dos anos 90, há quase um ano, ainda estava triste, de luto. Sentiu fortemente a perda. As vezes, Ieda a surpreendia chorando, escondido. Antes sorridente, Liliane estava mais introspectiva, embora tentasse disfarçar.
- Deve estar falando com a mãe da filha, recém nascida, ou com a mãe do filho dele. Quer reatar e ver o menino. - Respondeu a mãe. - não vou perguntar nada, para respeitar a privacidade dele. As 19:00 horas, daquela sexta-feira, a mãe colocava a canjica de molho, pretendendo cozinhá-la no dia seguinte. Foi quando os irmãos de Geraldo chegaram, inesperadamente.
Tadeu e Valcir entraram na casa, sérios. Não era comum ter os primos, o tio, visitando ela, os irmãos, a mãe. Os primos não tinham o hábito de visitá-los, desde a morte da mãe.
- Arlete está no hospital. Internada. - Contou o primo que ficara responsável pela irmã.
- O quê aconteceu?
- Epilepsia!
Arlete era a irmã adotiva dos primos, Valcir, Evandro, Tadeu, Geraldo, a caçula. Tinha 15 anos.
- O que aconteceu? - Perguntou Liliane, preocupada. Apesar de não ter sempre contato com os sobrinhos, os vira pequenos, se preocupava com eles. Eles só a procuravam quando tinham problemas ou precisavam de dinheiro.
- O quê? Não sabia que Arlete era epilética. - Comentou Liliane.
- O pai de Arlete não bebia? O biológico? O que faleceu quando Arlete era bebê?- Indagou Tadeu.
- Bebia, às vezes.
- E a mãe?
- Não sei.
- Deve ser genético... - Comentou Tadeu. - Arlete quer que a senhora vá até o hospital, visitá-la. Hoje. Agora.
- Agora? Hoje é sexta-feira, são quase vinte horas... Que hospital permite visitas a essa hora? - Indagou Ieda, achando tudo muito estranho. Tadeu a olhou, rapidamente, sério, sem responder.
- Geraldo também tem que ir. - Disse Tadeu.
- Eu só vou se a titia for! - Exclamou Geraldo, aparentemente nervoso.
- A titia vai, não vai? - Indagou Tadeu, olhando para Liliane, sério.
- Claro. Se a tua mãe estivesse viva, faria o mesmo pelos meus filhos. Foi para o quarto trocar de roupas. Já estava com as roupas para dormir Ieda foi atrás.
- Mãe... Está muito estranho... Epilepsia surge depois dos 15 anos? Não sei, não... Acho que a senhora deve esperar até segunda-feira, ir durante o dia.
- se a tua madrinha estivesse viva, faria o mesmo por vocês. Tenho que ir. Arlete já sofreu muito com a perda da mãe, que ela adorava. Não gostei da esposa de Tadeu ter contado para Arlete que ela era adotada... Tua madrinha sempre recomendou que ninguém contasse. Sempre quis ser mãe de menina... Amava Arlete! Quando você nasceu, ela pediu que eu desse você para ela. Segurou você nos braços, olhou para mim e disse:
"- Dá ela para mim?..."
"- Como? E o pai dela? E eu?..."
"- Você terá outras. O médico disse que u não posso mais tentar ter filhas. Meu coração não agüentaria."
- Fez o mesmo, quando a tua irmã, Nicole, nasceu. - Disse Liliane. - Foi por isso que a convidei para ser a sua madrinha. Ela aceitou na hora, cuidou de tudo. O pai de Nicole disse que a jovem, criada como irmã dele, seria a madrinha de batismo de Nicole, quando eu quis tratar do batizado dela. Por isso, não convidei a tua madrinha para ser a madrinha de Nicole. Sua tia iria adorar ser madrinha de novo.
- Mãe, que hospital permite visitas á noite?
- É hospital militar, você sabe. Deve permitir. Se Tadeu diz... Vou até a cozinha, você leva o meu par de tênis com as meias? Vou tomar um café antes de ir. Faço rápido, deixei a água no fogo. - disse Liliane, de sandálias, que usava em casa. Liliane foi para a cozinha. Ieda encontrou o par de tênis, já com as meias, limpas, dentro, dobradas. A mãe tinha esse hábito. Levou o par de tênis com as meias para a mãe. Foi quando a viu nos fundos da casa, junto ao muro alto e branco. Liliane estava séria, preocupada. Os três primos a rodeavam, fazendo com que ela parecesse ainda mais frágil. Tinha estatura baixa. Ieda foi andando, rápido, na direção deles, para ouvir o que diziam para a sua mãe, mas eles pararam de falar, quando viram Ieda se aproximando. Os primos entraram na casa em silêncio, cabisbaixos, sérios.
- O quê diziam, mãe? - Indagou Ieda, cada vez mais intrigada. Entregou o par de tênis para a mãe, a contra gosto.
- Está tudo bem, filha. - respondeu Liliane, sorrindo. Foi até a cozinha, sentou numa cadeira, começou a calçar as meias, depois o tênis. Ieda foi apagar o fogo da chaleira. A mãe nem teve tempo de fazer e tomar o café.
- Mãe... Não vai! Não estou gostando disso!... Vá segunda-feira, de manhã. Peça o nome e o endereço do hospital. Eu vou com a senhora.
- Eu vou filha. Geraldo disse que não irá se eu não for. Tadeu insistiu.
- Não vai, mãe... - Pediu Ieda. Enquanto a mãe calçava o par de tênis, Ieda viu, atrás da mãe, uma luminosidade boa, clara, amarela, não ofuscante, brilhando, calma, sem cessar. Lembrou que assim que anoiteceu, em vez de tomar banho no banheiro, como sempre fazia, a mãe fechou a porta da cozinha, pediu para ninguém ir nos fundos, pois tomaria banho, de balde, água fria do tanque, na área de serviço. A mãe, como Ieda, só gostava de tomar banho de água quente e privacidade. Após calçar o tênis, a mãe olhou para Ieda, ainda sentada na cadeira. Sorriu para a filha, que estava preocupada. A luz ainda estava sobre o corpo e a cabeça da mãe. Era uma luz incomum, não era a luz da iluminação da cozinha.
- Eu volto logo, filha. - Disse Liliane. Levantou-se. Tadeu era o mais apressado. A mãe pegou a bolsa, o isqueiro, colocou relógio, de corda, no pulso. Os outros dois primos estavam calados.
- Eu vou também, mãe. - Disse o caçula de Liliane. - Espere eu trocar de roupas...
- Não. Fique com os seus irmãos. - Disse Liliane.
Geraldo, o primo, havia vestido um dos pares de tênis novos, meias e jaqueta jeans, forrado com imitação de pele de carneiro, do caçula de Liliane. Era moda, na época. Saíram da casa, os primos e Liliane. A mãe e o primo, Geraldo, nunca mais voltaram.
Quando deixaram a casa, era sexta-feira, 21:30h.
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Parte do volume
In Malditos pensamentos que escapam/ Os inocentes Por Adriana Janaína Poeta/ CPF.:01233034782/ Episódio: 16/ Todos os direitos reservados. Escrito em 10/09/25
In Malditos pensamentos que escapam
Os inocentes
Por Adriana Janaína Poeta
CPF.:01233034782
Episódio: 16
Conto/ ficção
Todos os direitos reservados.
Escrito em 10/09/25
O juiz Cristóvão Furtado sentou-se na poltrona de couro, da cor do chocolate, fouton, espaldar alto, bem acolchoada e confortável, em frente a mesa de madeira trabalhada e escura, no seu gabinete. Os dois assistentes entraram, cada um com uma pasta de couro nos braços. Os três voltavam do almoço, após uma reunião que durou quase toda a manhã.
- O que temos ainda hoje, Bonifácio? - indagou o juiz, examinando a sua agenda, atento.
- Eu já organizei tudo, referente o caso dos oito invasores.
- Os oito invasores? - Repetiu o juiz, pensativo.
- Saiu em todos os jornais!... - Exclamou Emerson, sorrindo, empolgado, olhando para Bonifácio. Ajudou na revisão do material, documentos, anotações. Achou tudo muito interessante, incomum. Parecia ser um conto policial. Adorava literatura policial! - O senhor ficará surpreso!... Parece se trará de um filme... E aconteceu de verdade!
- Completou, animado de ter sido escolhido para ajudar a analisar o material.
- Emerson... Não sei se gosto ou aprovo esse seu entusiasmo pelo caso... Temos que manter distanciamento, sempre. - Comentou o juiz, preocupado. - Acho que li algo a respeito... Já pensou o que aconteceria? Se todos os proprietários, moradores legais, respondessem a bala, cada vez que invadissem propriedades?...Sobraria alguém? - Indagou o juiz, muito compenetrado, enquanto Bonifácio abria as pastas, organizando os arquivos do processo na mesa. - Há um número grande de invasões no país. Sobretudo agora, nos centros urbanos. As pessoas parecem ter perdido o respeito pelas leis, pela propriedade, pública, privada... Não importa. Para quem invade, para roubar, ocupar, qualquer coisa!... Parecem estar sob o efeito de hipnose... Enfurecidos, entorpecidos, cegos, surdos, para a razão, dispostos a tudo! É preocupante!... Mas... Se todo cidadão, vítima, de bem, começara atirar quando alguém invade a sua residência, o seu escritório, o seu comércio... E se fizerem o mesmo, quando invadirem logradouros públicos... O que acontecerá? Eu tenho receios. Não são casos isolados. Há quem use documentos, intimações, mandados, falsos, para conseguir isso. E violência...
- Neste caso, aparentemente, invadiram para furtar. _ Observou Emerson.
- Os oito invasores, armados? - Indagou Bonifácio, irônico. - Encapuzados? Na calada da madrugada? - Disse o juiz, recostando-se na cadeira, juntando as mãos, pensativo.
- Armados, encapuzados, quatro com documentos, quatro com algum dinheiro nas meias.
- Nas meias?
- Parece ser hábito dos criminosos, senhor.
- Quatro sem documentos e sem dinheiro nas meias, senhor.
- Todos maiores de idade, várias passagens. Está tudo aí.
- E os armamentos?
- fortemente armados. Mas, há o entendimento de que invadiram para furtar. Não sabiam que a proprietária estava em casa, que tinha uma pistola.
- Com porte?
- Sim.
- E atirou?
- Nos oito invasores. Sim. Todos vieram a óbito. Ela revistou, fotografou os corpos, tirou as digitais, usando uma fita lacre, escaneou, usando o celular.
- Tirou as digitais?
- E gravou um relatório, resumindo o ocorrido, no celular. - Comentou Emerson, sem deixar de sorrir. Era uma história interessante. Gostaria de assistir, nas telas, comendo pipoca, no cinema.
- Enviou tudo para os emails pessoais.
- E para a polícia?
- Também.
- Por que os emails?
- Disse que queria ter cópias, caso alguém mais chegasse, tentando resgatar os oito invasores, antes da polícia. Anexou fotos.
- Dos corpos, dos documentos encontrados.
- E as digitais.
- Depois, ligou para a Polícia. Relatou tudo. Esperou a polícia chegar. Os invasores cortaram a luz, antes de invadir a casa. As câmeras têm baterias, por isso, gravaram tudo.
- E os oito invasores, mortos. - Atalhou Emerson. - Esticadinhos, com os capuzes jogados sobre eles.
- Entregou a pistola para a perícia. Relatou tudo, mais uma vez... O de praxe.
- Mas.... Por mais que eu ache errado, e é, invadir uma propriedade, privada ou pública... Me preocupa o fato de ter alguém que se disponha a tirar em oito invasores, oito criminosos, armados e encapuzados...
- No relatório há menção aos cães. Eles uivaram muito, naquela noite.
- Os cães uivaram?...
- Os cães uivaram.
- É natural! Os disparos os assustaram...
- Ela usou o silenciador.
- Havia o silenciador?
- E cães, assustados, fogem, não uivam. Vários cães uivaram, depois da invasão.
- Enfim... - Disse o juiz, por fim, após refletir algum tempo. - Quem é essa senhora, que vitimou os oito invasores? Quem é?
- Mila Tavares.
- A autora? - indagou o juiz, voltando a recostar-se na cadeira, juntando as mãos, surpreso e pensativo.
- A autora.
- Mila Tavares?...
- Sim.
- Bom... - Começou a dizer o juiz, recobrando o fôlego, o tom anterior, muito sério. Começou a verificar os documentos iniciais, atentamente, colocando o seu óculos de leitura.
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in Malditos pensamentos que escapam/ Episódio 17/ O autógrafo Por Adriana Janaína Poeta/ CPF.:01233034782
in Malditos pensamentos que escapam
Episódio 15
Os oito invasores
Por Adriana Janaína Poeta
CPF.:01233034782
(Escrito em 10/09/2025)
OBS.:Quando digito, invadem o sistema, pelo wi fi, inserindo erros gramaticais, mexendo no texto/ formatação, dificultando. Deixo registrado o que ocorre. Quando percebo, corrijo os erros.
Mila escutava música, fones nos ouvidos, enquanto navegava na internet, parando, vez por outra, para escrever, nas folhas brancas de ofício, com a caneta, quando percebeu que havia lago errado. Abaixou o volume da Playlist Sound CLP, parte do Blog Sound CLP do Clube de Leitura dos Poetas. Era um site com canal, blogs, loja virtual que sempre acessava. Tirou os fones dos ouvidos, levantou-se, silenciosamente...
Ouviu, mais uma vez, o barulho metálico. Abriu a gaveta da mesa de cabeceira, ao lado da cama. Pegou a pistola, com cuidado, para não fazer barulho, embaixo do livro de salmos. Apagou a luz do quarto e foi andando na direção da sala, que usava como biblioteca e escritório. Colecionava livros, CDs, DVDs, gibis, revistas, há décadas. Ficava no segundo andar, onde ficava a suíte, a pequena sala, aonde praticava squash, fazia alongamento, havia cestos para um mini basquete individual, apenas para exercitar os músculos. O barulho metálico parecia vir do portão social.
As luzes estavam apagadas dentro da casa, e lá fora, a iluminação tinha sensores de movimento, porém estava tudo no escuro. Desligaram, de alguma forma a energia elétrica, pois nada funcionava. Havia a iluminação da rua e da lua, que deixava alguma claridade sobre a frente da casa. Era o suficiente. Os olhos, aos poucos, vão se adaptando a iluminação ou inexistência dela.
Eram oito silhuetas, todos com rostos cobertos, armados. Um cão uivou, no final da rua. Passava das duas horas da madrugada. Outros cães foram respondendo, uivando também.
os oito invasores pararam, por um momento, um olhando para o outro, depois continuaram se esgueirando pela frente da casa, o jardim... Acreditavam que não seriam vistos, com a eletricidade cortada... Mila estava calma, procurava analisar o que faria. Foi até a sacada da pequena varanda, com mureta e colunas de alvenaria, pelos cantos. Observou, decidiu que era o momento de agir, antes que todos invadissem a casa...
Foi atirando. O primeiro disparo atingiu um deles na cabeça, de frente, certeiro, como o segundo. O terceiro já tinha a arma apontada na direção de onde atirava, então, esgueirou-se até outra posição, silenciosa e rapidamente. Ele e os demais atiraram, mas ela já estava em outra posição, segura. O terceiro continuou atirando, enquanto s demais agora corriam para o avarandado lateral... Mila fez o disparo. Certeiro, na cabeça do alvo, aproveitando que ele não sabia que ela havia mudado de posição...
Ainda havia outros cinco invasores. Sem entender ao certo como os três haviam sido alvejados, pois perceberam que os tiros vieram de posições diferentes do segundo andar da casa, na completa escuridão do avarandado, os invasores tentavam entrar na casa, o mais rápido possível. Alcançaram a varanda lateral, no primeiro piso, parte descoberto. Mila acertou outros dois. Três forçavam a porta da sala...
Mila voltou ao quarto, pegou o celular, e acessou a câmera externa, que posicionava no poste colonial, que tinha a luz apagada, mas as câmeras instaladas na casa e quintal, muros, telhados, tinham baterias, além do gravador de IP, visão noturna e sensores de movimento. Confirmou a localização deles, foi alcançando o corredor, a escada, e descendo, encostada a parede...
Deixou tudo fechado, trancado. Viu as sombras, através dos acrílicos, apesar da penumbra. Novamente, os benefícios da luz da lua e iluminação pública...
Os cães voltaram a uivar. Decidiu permitir que continuassem forçando a porta, só começou a atirar quando conseguiram...
Os três estavam caídos. Foi até onde estavam, para conferir. Faltava dois...
Tirou o dispositivo do bolso, encostada à parede, tendo cuidado para não deixar exposta a luminosidade do aparelho. Enquanto atirava no trio, os outros dois poderiam ter encontrado um meio de invadir a casa, pelos fundos. Os dois estavam forçando a porta da cozinha. Deixou a porta da sala como estava, aberta, e foi andando até a cozinha. Escutou o acrílico da porta ser quebrado, a porta aberta, com violência e pressa. Não visualizava ninguém na escuridão, não queria ficar exposta. Movia-se encostada as paredes, silenciosamente. Desistiu de voltar a consultar as câmeras, para não denunciar a sua posição. Ficou onde estava, colada a um a estante, com discos de vinil, livros, gibis e revistas. Até que ouviu barulho dos elementos se movimentando. Desde pequena a sua audição era apurada...
Com os dois já caídos, foi até eles, conferir... Tirou dispositivo do bolso, sempre atenta e cuidadosa. Precisa ficar numa posição aonde tivesse a visão das duas entradas, os acessos, e ainda assim, ficando protegida. Depois de checar e constatar que não havia mais ninguém na casa ou quintal, frente, laterais, telhado, verificou as câmeras posicionadas para a rua e esquina. Tudo estava silencioso, vazio, apesar do que aconteceu. Sempre deixava o silenciador no cano, a arma carregada, para eventualidades. Esperava não ter que usar...
Pegou a lanterna, na gaveta da cozinha, voltou ao corredor. Tirou as duas máscaras, dos dois invasores que tentaram a sorte pelos fundos. Eram desconhecidos. Usando o celular, tirou fotos. Buscou nos bolsos, algo que os identificasse. Nas meias, estava algum dinheiro e identificações: João ninguém, Zé das Couves... Fotografou. Jogou as identificações no chão, os valores sobre eles. foi até a cozinha novamente, buscou a fita lacre. Tirou as digitais de "João" e "Zé", tendo o cuidado de numerar, com a caneta para retroprojetor que sempre deixava na mesma gaveta, cm a fita lacre. Fez o mesmo com os demais invasores.
Usou a lanterna para dar alguma luminosidade enquanto se movimentava. Usou o gravador do celular para relatar, brevemente, o que acontecera, data hora, local detalhes importantes...Enviou para os seus emails. Cópias de segurança, caso alguém mais viesse, procurando os invasores. Ligou para a polícia. Em seguida, escaneou as digitais com o celular, enviou para os emails. Foi para a frente da casa, atenta as câmeras, aguardar a chegada da polícia. Deixou o portão social como estava, aberto, arma debaixo de um jasmineiro, á mão, mas seguro, até que os policiais chegassem, quando indicaria o local aonde o guardara. A pistola seria periciada, como tudo o mais. Ligou para um advogado, um contato de confiança, explicou resumidamente o que aconteceu.
Enquanto esperava, pensou que teria que repetir tudo, várias vezes, apesar de ter tudo gravado, inclusive o seu relatório. Mencionaria as fotos, digitais, diriam algo, mais perguntas... Queria ter certeza das identidades, escaneara para garantir que ninguém os resgataria, enquanto esperava a polícia. Sabia que fariam a coleta das digitais novamente.
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sábado, 1 de novembro de 2025
Currículum Vitae de Adriana Janaína Poeta CPF.:01233034782, pseudônimo de Adriana Janaína Alves de Oliveira
CURRICULUM VITAE
Adriana Janaína Alves de Oliveira
Data de nasc.: 14/02/1971
CPF.:01233034782 RG.: 113588230 CTPS.:56455 078RJ
Brasileira, natural do Rio de Janeiro, casada com Marcelo Bernardo de Oliveira.
Sem filhos.
Filiação: Vera Regina Alves de Oliveira
Rua Caibar Schutel, 255, casa 01, Itatiaia, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Cep.: 25.070-180
Tel.: (Recado com irmã: Jacqueline) 21 96919-3434
adrianajanainapoeta01233034782@gmail.com
Cargo pretendido: vendedora, gerente, supervisora/ vendas.
Comunicativa, discreta.
Escolaridade: Segundo grau completo.
Experiência profissional:
.Girl Modas/ Bit Bet Shopping Rio Sul
01/08/97 a 28/07/98
.Girl Modas/ Bit Bet Norte Shopping
02/01/99 a 30/03/99
. Playground Comércio de Roupas/ Rataplam/ Norte Shopping
03/05/99 a 03/09/2002
. Shehrazade Modas e artefatos de couro Ltda/ Bagaggio/ Centro/RJ.
09/10/2002 a 25/07/2003
Subcaixa/vendedora
.Tarragona artefatos de couro Ltda/ Bagaggio/ Icaraí, Niterói, RJ.
07/08/2003 a 08/07/2004
Subcaixa/Vendedora
.Tortosa artefatos de couro Ltda/ Bagaggio/São Gonçalo shopping.
09/07/2004 a 25/02/2005
Subgerente/ vendedora
.Tarragona artefatos de couro Ltda/ Baggagio/ Icaraí, Niterói, RJ.
Gerente
09/03/2003 a 21/06/2005
.Tortosa artefatos de couro Ltda/ Bagaggio/ São Gonçalo Shopping
Gerente
09/06/2005 a 04/05/2006
Supervisora
01/07/2006 a 2009
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Clube de Leitura dos Poetas (Adriana Janaína Poeta) Publisher - Graphics - Postal Bookstore Contact: CX Postal 107016, CEP. : 24,360 - 970 N...
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The world, vast field of tears and laughter, enchanted garden, stone and thorns. Poisoned dart, Sugary and honey island of dreams Grapes, ma...
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Assim que eu preparar os sites oficiais do Clube de Leitura dos Poetas e Adriana Janaína Poeta (CPF.: 01233034782), domínios adquiridos por ...