terça-feira, 24 de março de 2020

(Tempus fugit por Adriana Janaína Poeta) Clube de Leitura dos Poetas https://www.facebook.com/adrianajanainapoeta @clubedeleiturap

Mergulho na incerta razão do amanhã,
salto certeiro no absurdo relógio do tempo,
nosso vigia eterno.
O amanhecer desponta tão distante,
milhas e quilômetros de quem sou.
Sinto-me as vezes tão estranha ao que sinto,
tão diferente do que penso,
imagem sobre reflexo de outro ser.
No amor e na arte
algo grande e verdadeiro desabrocha,
desponta brilhante sobre o meu olhar
e me torna próxima do que sou.
Amar me aproxima da fonte
que deságua e corre cristalina
no fundo de quem realmente existe,
qual estrela brilhante e eterna,
até mesmo quando partir.
Auroras e noites, reinarei,
antes alva e em seguida azul,
por fim amarela e rubra,
quando a luz se consumir,
mas estrela eterna,
verdadeiro amor no céu
que vivemos,
do quanto intensamente amamos,
verdade primeira e derradeira
no espaço continuum do tempo.
Ei de amar-te e sorrir pensando em ti,
ter meu coração
pulsando de encanto ao te ver,
comparar tua voz a melodia mais terna,
amar o sol que doura teu corpo,
saudar a água que brinca a teus pés.
Desejar teu abraço e teu olhar,
tanto quanto a água azul e pura do rio
deseja o mar.
No espaço sem esforço de ser tudo,
ser o ontem que nos apresentou e uniu,
ser o presente de encantamento e pressa,
ser o futuro, esse poema ainda sem nome
mas impregnado de amor e memória.
A bela terra gira,
enquanto o meu olhar procura o teu
e meu coração grita o teu nome.
O tempo, poeta, não resiste ao amor.
Esse é o segredo que guarda
em suas mãos de menino.
O divino guardião dos nanossegundos
caminha entre o sol e a lua,
tendo todas as estrelas aos seus pés,
no seu caminhar arrasta o passado
e os seus passos são o futuro,
pois o presente, representamos nós.
Ei de ver-te, céu e estrela da manhã
e sua mão estará sobre nós,
os que amam e se procuram.
- Tempus fugit - expressão latina “o tempo (nos) foge”, visível em muitos relógios. A expressão foi usada pela primeira vez nas Geórgicas do poeta romano Virgílio: Sed fugit interea fugit irreparabile tempus.
“Mas ele foge: irreversivelmente o tempo foge”. -
(Tempus fugit por Adriana Janaína Poeta)
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